terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ele pode, ela não

Em janeiro de 2009 toma posse a primeira leva de prefeitos e vereadores eleitos após a entrada em vigor da fidelidade partidária. A decisão foi da Justiça, que preencheu lacuna deixada pelo Congresso, mas já está valendo e quem deixar o partido pelo qual foi eleito perde o mandato. Há exceções mas a lei é muito rígida.
Com isso, criou-se aqui em Campos uma situação interessante: a prefeita eleita, Rosinha Garotinho está acorrentada ao PMDB, mas o marido dela, que está sem mandato, está de malas prontas para nova legenda.
Mesmo ainda ocupando a presidência estadual do partido, Garotinho perde espaço na medida em que o governador Sergio Cabral Filho ganha terreno. Ao eleger seu pupilo Eduardo Paes prefeito da capital, Cabral se cacifou ainda mais não só para disputar a reeleição em 2010, como também para ter o partido debaixo do braço, tão ao gosto dos coronéis do PMDB.
Optando Cabral pela reeleição, caberia a Garotinho o Senado ou enfrentar Cabral pelo Governo do Estado, mas para isso precisa ter uma legenda.
É muito cedo para espelucações, mas também há possibilidade de Cabral vir a ser escolhido como candidato a vice-presidente da República numa chapa liderada pelo PT. Seria uma forma de tentar contrabalançar uma eventual chapa tucana com Serra-Aécio ou Aécio-Serra, governadores dos dois maiores colégios eleitorais do país.
Mas não tem pressa. Garotinho tem até outubro do ano que vem para decidir para onde ir, porque no PMDB já deu o que tinha que dar. A próxima será a sua quinta legenda: nasceu no PT, foi criado no PDT, fez estágio no PSB e pós-graduação no PMDB e agora pode ir para o PTB.

2 comentários:

Imbeloni disse...

18ª vaga?

Foi o professor e blogueiro, Fábio Siqueira, quem soube das intenções que um advogado estaria, em atendimento a um cliente, providenciando os documentos para se tentar novamente mexer na composição da Câmara de Vereadores Campos, em busca de mais uma vaga.

O mesmo movimento já havia sido feito nesta legislatura que está se encerrando por Renato Barbosa. Os questionamentos são os mesmos, no que diz respeito ao tamanho da população de Campos. Entre o Censo de 2000, certamente há mudanças (aumento) que permitira esta mudança de patamar, porém, o que estaria valendo para a decisão do TSE é o do Censo de 2000 do IBGE e não projeções baseados nas taxas de crescimento anual da população.

De um jeito ou outro quem vai julgar o caso, se ele efetivamente for encaminhado, será a Justiça Eleitoral e certamente isto deverá ocorrer em mais de uma instância. Como todos se lembram no caso de Renato Barbosa, ele foi vitorioso numa instância e quando questionado em outra perdeu a vaga que chegou a ocupar por alguns meses.

Pois bem, neste caso, o que interessaria por enquanto, é saber quem seria o contemplado com esta 18ª vaga. Pelas contas do quociente eleitoral e das sobras feitas pelo professor Salomão para o blog ele identificou:

Com 18 cadeiras:
Com votos válidos de Ilsan: entra Ederval (sendo válidos ou não os votos de M. Alexandre);
Sem os votos de Ilsan: fica Ederval e entra M. Alexandre (PT do B);
Sem os votos de Ilsan e sem os votos de M. Alexandre: fica Ederval e entra Alciones (PSB).

Conclusão: o beneficiário mais provável é Ederval Venâncio, o vereador com mais mandatos na história da Câmara Municipal de Campos. Resta saber a quem ele daria o apoio político, se à nova situação ou à oposição, porque a forma mais fácil de derrubar o argumento é através do questionamento de outro partido, se não houver é até possível que a tese questionável seja vitoriosa.

posted by Roberto Moraes at 14:12

Anônimo disse...

GAROTINHO ESTOU COM VC NO PMDB,PTB,PSDB.....QUAL FOR O PARTIDO ESTAREI COM TIGO,CONTE COMIGO.