terça-feira, 26 de maio de 2009

Cadê a sensibilidade?

O Educandário São José Operário, entidade com quase 50 anos de serviços prestados à comunidade campista, pode fechar as portas nas próximas horas por absoluta falta de condições financeiras, deixando ao desamparo 190 deficientes visuais. Vinte e dois funcionários estão com salários atrasados há seis meses porque, a Prefeitura de Campos não vem honrando o convênio assinado e através do qual repassaria R$ 36 mil por mês à entidade.
Instituições como Apoe, Apape, Casa Irmãos da Solidariedade, São José Operário, Asilo do Carmo, só para citar algumas, trabalham com segmentos mais sensíveis e desprotegidos da sociedade, por isso, deveriam receber da Prefeitura de Campos um tratamento mais digno.
Se os economistas da prefeita Rosinha fizessem uma conta rápida, chegariam à conclusão de que é muito mais barato para a prefeitura repassar recursos para entidades dirigidas por pessoas abnegadas como D.Diva Goulart, Fátima Castro e Cristina Salgado, do que arcar diretamente com programas específicos para idosos, portadores de necessidades especiais, portadores do HIV e outros que também precisam de apoio especial para sobrevivência e exercício da cidadania.
Mas parece que nem isso essa gente consegue ver mais.
Que a prefeita ouça mais a voz da sua sensibilidade de mulher e de mãe e menos os assessores com seus frios números.

5 comentários:

Anônimo disse...

O tempo da boquinha acabou. Porque a PMCG deve deixar para os outros fazer uma obrigação que é dela? Quanto dinheiro era desviado dessa forma?

Anônimo disse...

É revoltante a gente saber do descaso que a Prefeitura assume com essas obras assistenciais. Como repassar tão insignificante quantia para a manutenção dessas obras assistenciais tão importantes no município? Não desmerecendo o trabalho de ninguém mas, dando destaque para a APOE passando por uma situação financeira das mais sérias. À frente da Instituição a Jornalista DIVA GOULART, uma pessoa abnegada que, no auge de seus 93 anos ainda luta para que a APOE tenha o seu cenário de competência em favor de excepcionais. Só para se ter uma idéia são aproximadamente 360 assistidos.
Clamamos a Sra. Prefeita que faça uma reformulação em sua planilha de abastecimento a essas obras e, contemple-as com um valor dígno e, com correspondência ao trabalho desempenhado pelos educadores de ponta e de espírito de solidariedade dos mais nobres.

Wilson Dantas disse...

Saudações, caro jornalista

Me permita discordar do anonimo acima. O tempo da boquinha acabou? Erro crucial. A boquinha não só continua, como continua de forma brutalmente escancarada. E qdo diz que a prefeitura não deve deixar para os outros "uma obrigação que é sua", isso nos assusta. Nos faz lembrar imediatamente do caso das Ongs na gestão da ex-governadora do estado, e atual prefeita de Campos. Ongs ilegais, muitas delas inexistentes. Quer forma melhor de desviar recursos públicos?

Sérgio Provisano disse...

Desconheço o volume de dinheiro que teria sido desviado ao longo dos anos, que o anônimo acima questiona com tanta ênfase. O que conheço é o trabalho sério que essas entidades vêm realizando ao longo de décadas.

Estou pagando para ver a prefeitura assumir essas obrigações de criar e manter uma rede de proteção social que envolva as atividades dessas entidades, com competência.

Para começar, anônimo, a prefeitura teria que construir ou alugar espaço físico e adaptá-los às funções específicas, com leitos, cozinhas, espaço de lazer, equipamentos, estrutura de pessoal, etc...

Isso custa mais do que R$ 1,00, que é o conceito atual implantado em nossa cidade, me pergunto, de onde sairiam os recursos para implantar tal rede?

À título de exercício de ficção, para implantar uma estrutura física como a do Educandário São José Operário, o poder não gastaria menos de R$ 500.000,00, isso mesmo anônimo, cerca de meio milhão de reais, isso só para o espaço físico, fora equipá-lo, contratar pessoal e etc...

Agora, anônimo, faça uma projeção para se fazer o mesmo em relação às outras entidades como APAE, APOE, APAPE, Associação Irmãos da Solidariedade e dezenas de outras que formam essa rede de proteção social e você verá que é muito dinheiro a ser aplicado para se fazer o que já existe.

Também, deve-se levar em conta que a prefeitura teria que realizar concurso público para contratar as pessoas para trabalharem nessas novas entidades a serem criadas, como isso demanda tempo e recursos, os usuários dessa rede ficariam desamparados, ao Deus dará, à mercê da vontade dos burocratas de plantão que do alto de sua falta de sensibilidade, ficam criando entraves burocráticos para não assinarem os convênios e repassarem as verbas definidas em acordo.

A prefeitura é incapaz e incompetente para assumir tais responsabilidades e os ônus desse gerenciamento dessa rede de proteção social que já existe, funciona de forma eficaz e cabe ao poder público mantê-la em funcionamento via convênios onde a sua função é repassar os recursos e fiscalizar o uso dos mesmos.

Simples assim.

Carmen Lucia M. Borba disse...

Imaginem pessoas do gabarito de Cristina Salgado, Fátima Castro, Diva Goulart, entre outros nomes, que só honram a nossa cidade com um serviço, da maior relevância social, entrarem em "boquinha". Nunca ouvi falar em desvio de dinheiro dessas obras assistenciais. O anônimo das 22:24 foi da maior infelicidade ao fazer o seu comentário. Repudiamos!!!!!