Em nenhum dos blocos os candidatos do PSDB (José Serra) e PT (Dilma Rousseff) se confrontaram no debate da Globo, que acabou agora com um ufanista "Viva o Brasil!" dito pelo candidato do PSOL, Plínio Sampaio.
A menos que eu tenha perdido alguns momentos (cochilei, confesso), foi o mais fraco dos cinco debates entre os candidatos a presidente.
Um comentário:
Debatinho xoxo esse, hein? Mas vamos lá:
Dilma mostrou que, se não sabe falar direito (gagueja demais e erra palavras, como "défit" ao invés de défcit)sabe ao menos dar respostas enérgicas quando necessário. "Os risos são de quem mantém outras práticas", disse, ao falar que o dinheiro o PT publicava todas as doações oficiais e encarar o riso da platéia.
Marina é a que fala melhor, de longe. Porém, fala muito de meio ambiente e, em todas as suas respostas, fala genericamente demais. Nunca fala dos pormenores dos assuntos. Respondeu bem à todas as (pouquíssimas) estocadas dos adversários. Encarou Serra de frente. É a candidatura que mais cresce e pode surpreender.
Serra, sei lá, não consigo achar graça nele. Ficou nervoso em alguns momentos, não atacou Dilma escancaradamente e só fala em redução de impostos. Sua vantagem é conhecer bem os programas que pretende aplicar e isso lhe dá credibilidade quando fala deles. Foi o primeiro em todos os debates, a engrossar com Plínio.
Plínio: menos gracinhas do que das outras vezes, porém, ainda não lhe dá credibilidade. Onde vai, tem uma torcida que o acompanha e que gritou em todos os debates. Fala só de 10%: dez para a educação e dez para a saúde, etc... O discurso de "nós, a classe operária, contra eles, os burguesas", não convence ninguém. E ele continua a usá-lo.
Resultado:
1 - Marina
2 - Dilma
3 - Serra
4 - Plínio
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