quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Nahim: “Questão política levou à minha prisão”



Do blog Na Curva do rio, de SUZY MONTEIRO (aqui).





Nahim: “Questão política levou à minha prisão”

Por suzy, em 06-11-2014 - 11h07

Terminou há pouco a coletiva concedida pelo ex-presidente da Câmara de Campos, Nelson Nahim, para dar esclarecimentos a respeito de sua prisão ocorrida no último dia 17, por suposto envolvimento no chamado caso “Meninas de Guarus”. Nahim foi liberado através de habeas corpus na última terça-feira (aqui).Ao lado da família, Nahim negou que tivesse qualquer envolvimento no caso, disse que nunca foi chamado pelo Ministério Público ou pela Polícia para prestar depoimento antes da prisão. O ex-vereador afirmou que houve influência política em sua prisão. Questionado se, como ele faz parte do governo estadual, essa “influência” poderia ter vindo de algum integrante de seu grupo político, Nahim respondeu:“Quando você não tem prova, é leviano levantar nome de alguém. Mas há muitas coincidências: Não tenho nada contra às instituições. Presidi dois poderes (Câmara e Prefeitura de Campos), tenho o maior respeito pelo Judiciário. Não estou aqui questionando a decisão do juiz, que pelo livre convencimento dele achou que deveria tomar essa decisão. Respeito demais o Ministério Público, grandes promotores de Justiça, mas há grandes coincidências. Muitas coincidências que me levam, e não vou citar nomes, mas pessoas com cargos no Ministério Público tem ligações muito íntimas com o Governo Municipal”.


Do Ururau (aqui):

6 de novembro de 2014 · 09:52

CIDADES E REGIÃO - MENINAS DE GUARUS
Nelson Nahim dá coletiva e aponta interferência política em sua prisão



Ururau

Ex-vereador ficou preso por 17 dias e apresenta sua versão dos fatos

O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Campos, Nelson Nahim, concedeu na manhã desta quinta-feira (06/11), uma entrevista coletiva, no espaço onde funcionou seu comitê de campanha, no Centro de Campos.
Nahim ficou preso por 17 dias. Ele e outros quatro homens indiciados no processo de exploração sexual, que ficou conhecido em Campos como Meninas de Guarus, foram presos no dia 17 de outubro.
Ao lado de amigos e correligionários, além da esposa e filhos, Nahim ressaltou o apoio da família e dos amigos e afirmou que a prisão estaria diretamente ligada à questões políticas, as quais não pode citar."Em respeito a justiça estou deixando de falar coisas que gostaria de falar", disse ele.
Nahim fez questão de afirmar que nunca teve nenhum envolvimento com pedofilia. Com relação a sua prisão, que seria por causa de uma suposta coação de testemunha, o ex-vereador também nega a informação. Ele ressaltou ainda, que nunca foi ouvido no inquérito, no qual constaria depoimento de pessoas que nunca teria visto.
Sobre os dias que passou na prisão, o ex-vereador lamentou o sofrimento da família. “Não prenderam a mim, prenderam minha família toda, porque a vida de todos parou. Se tem uma coisa que eu não sou é perigoso para ser encarcerado sem ao menos ser ouvido”, disse o ex-vereador, que ressaltou ainda que no processo não há nenhum depoimento de pessoas que o tenham reconhecido como Nelson Nahim.


Perguntado sobre como seu nome foi envolvido no processo, Nahim afirmou que tem sua opinião, mas que não pode falar sem provas. "Aqueles que não posso mencionar os nomes, porque o processo corre em segredo de justiça, e que são covardes e não deixam as digitais, vão um hora ou outra ter o que merecem, se não pela justiça dos homens será pela justiça divina, discordo da decisão do juiz e recorremos em instância superior. Agora é importante resolver a questão judicial. Houve engano irreparável. A repercussão de minha prisão jamais será reparada e isso terá que ser visto no momento oportuno”.


Já sobre conhecer os outros indiciados no caso, declarou que conhece, por serem pessoas da sociedade, mas não por ter qualquer tipo de relacionamento mais próximo. Disse ainda que dois dos presos que nunca tinha visto, se surpreenderam ao o verem na delegacia no dia da prisão.


O ex-vereador, mesmo afirmando não querer dar mais detalhes, disse ainda que pessoas que ocupam cargos no Ministério Público, que ofereceu a denúncia, têm relação muito íntima com o Poder Público Municipal, indicando desta forma o seu posicionamento sobre uma possível interferência política no caso.


Sobre a possibilidade de voltar a ser preso, Nahim se disse confiante que não haverá, porque alega inconsistência no inquérito: “Não deveria nem ter sido preso como disse a desembargadora. A coisa é tão inconsistente que não tem vítima. Não se encontra uma linha de citação em meu nome. Quando perguntada disse conhecer de fotografia. Os advogados vão tomar todas as medidas e se ficar comprovado qualquer tipo de interesse serão tomadas as providências", disse.





RELEMBRE O CASOO caso Meninas de Guarus ganhou novos rumos no final de julho deste ano, quando a promotora do Ministério Público Estadual, em Campos, Renata Felisberto Nogueira Chaves encaminhou o caso ao juiz tabelar da Terceira Vara Criminal, Leonardo Cajueiro D' Azevedo, que atua na Comarca de São João da Barra.
A primeira ação do caso, após cinco anos contabilizando apenas uma prisão e nenhuma solução, ocorreu no dia 17 de outubro, também deste ano, quando seis envolvidos tiveram os mandados de prisão expedidos e quatro foram cumpridos, já que um até o presente dia não foi localizado. À época, os nomes não foram divulgados devido ao caso tramitar em segredo de Justiça.
Além das prisões, seis motéis foram interditados por medida cautelar, dentro da operação, proveniente de um inquérito policial de 2010, que investiga a existência de uma rede de exploração sexual infantil que promovia encontros sexuais com menores, dentro do caso Meninas de Guarus.
Durante a prisão de um dos acusados, os policiais encontraram um sacolé de cocaína dentro do bolso, durante revista.
O processo tramita em segredo de justiça e, portanto, não se tem informações de quais razões levaram a Desembargadora a deferir liminar do habeas corpus do ex-vereador Nelson Nahim, assim como das razões pelas quais foram expedidos os mandados de prisão.
O ex-vereador inicialmente foi levado para a Cadeia Pública, em Campos, mas dias depois foi transferido para o Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro. Nelson Nahim está em liberdade, por força de um Habeas Corpus concedido na última segunda-feira (03/11), pela desembargadora Rosa Helena Penna Guita, da 2ª Câmara Criminal do TJ/RJ.

O DIÁRIO (aqui):

Nelson Nahim concede coletiva à imprensa
Publicado em 06/11/2014
Isaías Fernandes


O ex-vereador Nelson Nahim (PSD), disse durante coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (06), que sua prisão no caso "Meninas de Guarus" está diretamente ligada a questões políticas. Indagado por um veículo de comunicação se as pessoas que supostamente queriam incriminá-lo seriam de seu partido, já que faz parte do Governo Estadual, ele afirmou que não citaria nomes. É leviano levantar nome de alguém quanto não se tem prova".
Nahim ficou preso 17 dias. Ele e outras 19 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público no processo que investiga crimes de pedofilia, homicídio, extorsão e tráfico de drogas, ocorridos em 2009. Na última segunda-feira, a desembargadora Rosa Helena Penna Guita, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ), concedeu habeas corpus.
O ex-vereador chegou ao comitê de campanha, no Centro, onde foi realizada a coletiva, acompanhado da esposa, dos filhos e de correligionários. Segundo ele, sua família, em momento algum, duvidou da sua inocência.
"Fui preso sem saber por que estava sendo preso. Nesses cinco anos, nunca fui ouvido no inquérito policial, nunca fui chamado ao Ministério Público e nem sei quem são essas meninas de Guarus. Constam depoimentos de pessoas que nunca vi e de pessoas que também não me reconheceram", afirmou o ex-presidente da Câmara Municipal de Campos.

JORNAL TERCEIRA VIA (AQUI):

Data: 06/11/2014 - 10:01:01
Nelson Nahim nega participação no caso “Meninas de Guarus”
Ex-prefeito reúne imprensa campista para dizer que é vítima inocente


O ex-prefeito e ex-vereador de Campos, Nelson Nahim, negou há pouco qualquer participação de envolvimento no caso Meninas de Guarus, que vem sendo investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE-RJ). Ele prometeu processar o político – cujo nome não revelou – que armou toda essa farsa para incriminá-lo.
Na coletiva à imprensa, dada na manhã de hoje, Nelson Nahim reuniu a família para dar a sua versão sobre as acusações que sofreu no episódio de exploração sexual e de assassinato de menores. Ele disse que mesmo depois de provar a inocência, os prejuízos por ter sido acusado serão sempre muito maiores.
Nahim classificou de absurda sua prisão que, segundo alega, foi motivada por manobras políticas - iniciadas em 2008 - com o objetivo de incriminá-lo.
“Por orientação dos meus advogados, não posso revelar ainda quem fez isso”, disse.
Nahim disse que os dezessete dias que passou na prisão serviram para conversar com Deus sobre a injustiça que alega ter sofrido. Ele denunciou que seus detratores ainda arrumaram alguém muito parecido com ele para tornar possível toda essa confusão em torno de seu nome. O ex-vereador prometeu entrar com uma ação contra o político que articulou o que chamou de “toda essa farsa”. Perguntado sobre suas relações com os outros dezenove acusados, ele disse que conhece alguns, mas não mantém “grau de amizade”.
Segundo Nelson, nos autos do processo o nome dele é mencionado apenas uma vez. "Uma conselheira tutelar - que nem mais conselheira é e que pode ter uma tendência política grande - disse que ouviu dizer que eu estava coagindo testemunhas. Eu não consigo entender isso, porque estão me acusando de um crime que não tem vítima", garantiu.
Na coletiva que terminou às 10h30, Nahim chegou a dizer que as duas pessoas com quem dividiu a cela em Bangu 1 perguntaram – surpresas - o que ele fazia ali.
Nahim foi posto em liberdade na última segunda-feira (3). Ele havia sido preso no dia 17 de outubro e, no dia seguinte à prisão, foi transferido da Casa de Custódia de Campos para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, Complexo Gericinó (Bangu 1), no Rio de Janeiro. O pedido de soltura formulado pelos advogados, foi deferido pela desembargadora Rosa Helena Penna Guita, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Além de Nahim, outros cinco acusados receberam mandados de prisão. São eles: Sérgio Crespo Gimenes Júnior; Fabrício Trindade Calil; Leílson Rocha da Silva; o policial reformado da Polícia Militar Ronaldo de Souza Santos; e Thiago Machado Calil. O último é o único que ainda não foi encontrado.
Nahim e Sérgio foram presos porque estariam constrangendo as vítimas e testemunhas do caso durante a investigação policial.

Campos 24 horas (aqui):
Nahim nega participação no caso “Meninas de Guarus”

quinta-feira, 06 de novembro de 2014 - Foto: Saulo Garcez / Campos 24 Horas




Acompanhado da mulher e dos filhos, o ex-presidente da Câmara Municipal e da Fenorte, Nelson Nahim chegou ao antigo comitê de campanha, no Centro de Campos, por volta das 9h30 desta quinta-feira(06) para conceder entrevista coletiva sobre o caso “Meninas de Guarus”. Ele foi recebido por lideranças políticas que o apoiaram na eleição do mês passado, quando foi candidato a deputado federal.
Nelson Nahim teve prisão decretada por 30 dias e foi preso no dia 17 de outubro por acusação de envolvimento no caso “Meninas de Guarus”. Ocorre que, seu advogado conseguiu que um habeas corpus no início desta semana no Tribunal de Justiça e ele saiu da prisão para responder o processo em liberdade.
Nahim nega participação no caso que teve grande repercussão, envolvendo abuso sexual de menores e até de crianças. Ele afirma que nunca foi ouvido no inquérito policial do caso, e destaca não ter sido reconhecido por nenhuma das pessoas que deram depoimento durante a investigação. E ainda ressaltou que sua prisão pode ter sido motivada por manobras políticas.
COLETIVA

Nahim cita um trecho do despacho da desembargadora que relaxou sua prisão.

“Fui liberto pela desembargadora com letras claras. Um absurdo depois de cinco anos a inércia do Estado, através dos seus representantes, colocar preso alguém que sequer teve o direito de se manifestar”, afirmou.

Comentou também os transtornos para toda a sua família.
“Não prenderam a mim, prenderam minha família toda. A vida de todos parou. Minha filha largou a faculdade. Meus filhos foram para o Rio. Se tem uma coisa que eu não sou é perigoso para ser encarcerado sem ao menos ser ouvido”, disse.

Confira outros trechos das declarações de Nelson Nahim:
Apoio da família
“Estão comigo minha mulher, meus filhos e meus genros. Em tempo algum, ninguém da minha família teve dúvida que eu tivesse qualquer tipo de participação”.
Como ocorreu a prisão
“ Estava saindo para uma caminhada para pedir votos para Pezão, quando fui preso. Uma semana antes de ser preso, consegui reunir toda oposição. A minha prisão está ligada diretamente com a questão política.
Não posso citar nomes, pois o processo corre em segredo de Justiça. Muito embora algumas pessoas tenham banalizado este inquérito trazendo informações que deveriam ser mantidas em sigilo”.
Não sabia porque estava sendo preso
“Quando as pessoas foram me prender na minha casa, recebi com serenidade. Eu não sabia porque estava sendo preso. Não quero discutir a decisão da Justiça. A decisão judicial a gente tem que fazer duas coisas: cumpre e recorre dela. Foi o que eu fiz, recorri. E em segunda instância, a desembargadora examinou tudo que foi colocado e viu o absurdo que foi a minha prisão. Nunca fui ouvido em inquérito policial. Nunca fui chamado ao Ministério Público.
Não há uma linha em todo procedimento de alguém com eu tenha praticado qualquer tipo de crime. Estou indignado com isso, mas estou sereno”.
Conviveu com vários presos
“Convivi com alguns presos. E que isso sirva para a Ordem dos Advogados do Brasil. Fiquei sabendo de prisões absurdas que vem acontecendo. E no momento oportuno a OAB vai se manifestar sobre isso. E, como advogado, vou tomar providências nesse sentido. Porque eu acho que não podemos viver num país que mais se parece com o tempo da ditadura do que com a democracia em que vivemos.
Quando estudei Direito, entendi que, no mínimo as pessoas têm o direito de defesa. É um absurdo alguém ser encarcerado, podendo sofrer uma série de situações que podem acontecer no sistema carcerário, sem sequer ser ouvido ao longo dos anos, quando se deram os fatos. E ainda ter o entendimento que eu poderia ser uma pessoa perigosa”.
Não pode citar nomes
"Estou tranquilo em relação a questão jurídica, mas não tenham dúvidas: aqueles que eu não posso mencionar o nome e que contribuíram para isso, vão ter, mesmo que não tenham na justiça dos homens, porque alguns são covardes e não deixam as digitais, mas com certeza Deus que tudo vê, que acompanhou tudo isso ao longo desses anos, vai agir com certeza . Eu tenho misericórdia dessas pessoas, que elas não tenham que passar o que eu passei.
A questão legal, propriamente dita, eu não vou entrar no mérito. Não cabe a mim ficar fazendo comentários. Com certeza eu posso afirmar: houve por parte de pessoas uma manobra política para tentar me desmoralizar”.

Relembre

Ao todo, 20 homens foram denunciados por acusação de exploração sexual infantil e outros crimes, como ocultação de cadáver, em Campos.
Entre os denunciados, seis tiveram prisão preventiva decretada, dos quais cinco foram presos no dia 17 de outubro. Seis motéis também foram interditados.
A denúncia, assinada por seis promotores de Justiça, foi recebida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campos. O processo tramita em segredo de Justiça.

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