A despeito da “inexistência
física das crases”, a nota oficial divulgada pela Prefeitura de Campos na
última terça-feira sobre o chamado “rombo” nas contas públicas, joga luz num
descontrole contábil que parece vir de bem mais longe. O texto raso da nota
joga a culpa nos governos anteriores (Arnaldo, Campista e Mocaiber), mas não
explica que, quando assumiu o governo em janeiro de 2009, a equipe da
secretaria de Fazenda da prefeita Rosinha já teria encontrado cerca de R$ 56
milhões numa conta do extinto BANERJ sem “evidência de existência física desses
valores nos cofres do governo municipal”. É o que consta no relatório e uma auditoria
determinada por decreto da própria prefeita e que agora é objeto de
investigação policial.
De acordo com o relatório, em
março de 2009 (e portanto, por sua equipe), “vários lançamentos foram
realizados no Siafem-2008 que ainda não havia sido encerrados. Os valores
contabilizados, no total de R$ 64.404.511,63, referentes à diferenças apuradas
pela comparação dos saldos dos extratos bancários com saldos do balancete
contábil de dezembro de 2008, elevaram o saldo da conta “Bancos em Análise”
para R$ 120.448.877,45.
Ou seja, o que era ruim, pode ter ficado pior!
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