quarta-feira, 6 de maio de 2015

BATISTA TRANSFERE PLENÁRIO PARA UM TRIO ELÉTRICO

Foto copiada do Blog do vereador Edson Batista (aqui)

O presidente da Câmara Municipal, Edson Batista (PTB), alegou a informação de que grupos radicais, infiltrados na manifestação, iriam ocupar a Casa e praticar vandalismo, para transferir para um trio elétrico a sessão especial que discutiria a situação do funcionalismo público municipal. Com a responsabilidade do cargo que ocupa, cabe a Batista ir à Delegacia de Polícia informar de que fonte colheu a informação e pedir apuração criminal. Se foi urdida uma invasão das dependências do Poder Legislativo e com a intenção deliberada de depredar o patrimônio público, é obrigação institucional do presidente da Câmara, apurar até as últimas consequências.
Mais que isso. Como reconhecido democrata , o presidente da Câmara tem um compromisso com a própria biografia e não deixar que o episódio entre para a história como mais um ato de subserviência ao grupo político que (ainda) comanda o município. 
A menos que opte por aderir, definitivamente, ao festivo trio elétrico em detrimento da tribuna democrática.

Veja abaixo, matéria publicada na Folha on line (aqui) sobre o protesto de hoje e, logo abaixo, postagem do Blog do Vereador Edson Batista (aqui):

Servidores fazem novo protesto e Câmara fecha as portas

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Fotos: Arnaldo Neto e Danielle Macedo
A promessa do presidente da Câmara de Vereadores de Campos, Edson Batista, era de uma Tribuna Livre nesta quarta-feira (6), às 16h, onde seriam discutidas as reivindicações dos funcionários, sendo ouvido pelo menos um representante de cada classe, além do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep) e Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe). No entanto, a Câmara estava fechada e foi alugado um trio elétrico, no qual foram ouvidos apenas os representantes dos sindicatos. Após a fala da representante do Sepe, servidores saíram em protesto e fecharam a BR 101 por cerca de cinco minutos. Nos próximos dias, os servidores municipais devem decidir por uma greve.
Segundo o presidente da Câmara, existe um grupo radical infiltrado entre os servidores, e que esse grupo teria a intenção de depredar o patrimônio. “Enquanto o doutor Edson presidir essa Casa, não vai acontecer isso”, ressaltou Edson Batista.
Pelo terceiro dia consecutivo, servidores municipais se reuniram em ato de protesto contra o corte de direitos trabalhistas. Os servidores organizaram a manifestação após a Câmara de Campos aprovar a implantação do Plano de Cargos e Salários, sob a condição de a Prefeitura não precisar dar o reajuste salarial.
Com adesivos pretos na boca, faixas e cartazes, os manifestantes se reuniram na escadaria da Câmara, de portas fechadas, dividindo o espaço com um pequeno grupo de pessoas que distribuíram panfletos afirmando que “o atual governo foi o que mais fez pelo servidor”.
Na segunda-feira (4), os manifestantes fizeram reunião no Jardim do Liceu, onde ficou decidida uma carreata na terça-feira (5), que teve início na avenida Arthur Bernardes e terminou na Câmara.
Leia aqui e entenda o caso
06/05/2015 15:35 - Última atualização: 06/05/2015 19:02

IMG_20150506_163305A Tribuna Livre da Câmara Municipal de Campos desta quarta-feira (06) teve o espaço concedido a representantes dos professores de acordo com a reunião ocorrida ontem (05), quando os vereadores receberam um grupo de manifestantes que foram até a sede do legislativo.
A sessão foi realizada em cima de um trio elétrico em frente ao prédio do Legislativo, por iniciativa do presidente da Câmara, Edson Batista, para que todos tivessem direito a voz.  Foi concedido dez minutos para a representante do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e para o presidente do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais (Siprosep).
O presidente explicou que a sessão não foi realizada no plenário porque não comportaria um grande número de pessoas.  Além disso, segundo ele, havia a informação de que grupos radicais, infiltrados na manifestação, iriam se aproveitar para ocupar a Casa e praticar vandalismo.
IMG-20150506-WA0009“Enquanto estiver na presidência dessa Casa isso não vai acontecer. Aceito qualquer contraditório dentro do debate produtivo, mas vandalismo não. Estamos aqui para ouvir os representantes de vocês ”, disse ele, destacando que a Câmara está aberta ao diálogo.
Representando o Sepe, Norma Dias, participou da Tribuna e explicou que o sindicato apoia o movimento e se coloca contra a política de abono. “Nossa luta é pela aposentadoria com salário digno”, disse Norma, destacando que a proposta do Sepe é que todo o magistério tenha 10% de aumento.
Já o presidente do Siprosep, Sérgio Almeida, disse que todos os servidores foram convidados para participar da assembleia, que aprovou pela implantação do Plano de Cargos ao invés do reajuste anual dos salários. “O sindicato não tomou atitude sozinho. Foi decidido em assembleia de forma unânime”, disse.
Projeto aprovado - Os servidores públicos municipais de Campos, através do seu sindicato, aprovaram em assembléia no ultimo dia 30, proposta do Executivo no sentido de alterar o Plano de Carreira, Cargos e Salários, projeto aprovado na Câmara de Vereadores. O outro projeto também aprovado dispõe sobre a revisão anual geral do artigo 37 da Constituição Federal, que altera a referência da data de reajuste do funcionalismo. O projeto contou até mesmo com os votos dos vereadores da oposição, que consideraram essencial sua aprovação para fins de implantação do Plano de Cargos, antiga aspiração da categoria. No entanto, servidores insatisfeitos com o que foi decidido em assembleia aprovada por unanimidade pela categoria, resolveram fazer uma manifestação ontem (05) em frente ao prédio da Câmara .

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