Agora, às 19h35, sete veículos cadastrados no Uber circulam pelo Centro da Cidade no primeiro dia de proibição |
Os serviços de transportes de passageiros do tipo Uber estão proibidos em Campos a partir de hoje. A decisão foi tomada pela Câmara, por unanimidade (confira aqui) no final da legislatura passada e sancionada pelo prefeito Rafael Diniz conforme edição de hoje do Diário Oficial.
A decisão reflete o arcaico caráter cartorário que ainda caracteriza nossa sociedade. Para proteger cerca de 800 donos de pontos de táxis prejudica-se toda uma população mal servida de transporte público em todas as suas modalidades. Em pouco mais dois meses de funcionamento, o serviço de transporte através de aplicativo de celular já tem 60 motoristas cadastrados e passageiros satisfeitos por usufruir de carros em melhores condições e com custo até 30% mais barato.
Sob o pretexto de proteger interesses de uma categoria, na verdade o que se está protegendo são os privilégios de donos das concessões para explorar o serviço de táxis e que contratam motoristas. Concessões estas concedidas ao bel prazer dos governantes de todas as épocas. Nada democrático. Aliás, o autor do projeto de proibição do serviço pelo Uber, vereador José Carlos Monteiro é notoriamente ligado ao ramo e foi eleito no último domingo para o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal.
A Justiça, como fez em outras cidades, pode considerar a lei inconstitucional e autorizar o funcionamento do Uber e tomara que a atual administração com a visão moderna que já apresentar ter, tenha tempo de remover esse ranço patrimonialista e cartorário ainda vicejante na administração pública.
Em tempo: apesar da proibição valer a partir da data da publicação da lei no D.O.,neste momento, pelo menos sete carros cadastrados no Uber circulam pela área central da cidade.
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