terça-feira, 29 de junho de 2010

Craques do jornalismo em debate no porão do PC

Nesta quarta- feira (30), a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima promove Mesa Redonda sobre futebol , com exibição de filmes e debate com os jornalistas craques, Péris Ribeiro, Paulo Renato Pinto Porto e Antunys Clayton
O evento, será a partir das 16h , no Porão do Palácio da Cultura, com entrada franca.

Um comentário:

Anônimo disse...

GLOBO E DUNGA!

Há mais ou menos 1 ano e meio, a Globo queira derrubar Dunga, não servia aos interesses da Organização e não ganhava. Montaram então um programa “Bem, Amigos”, sem informação mas com o objetivo de retirar Dunga e colocar Muricy Ramalho. Só que a partir de um jogo em Brasília, a seleção começou a ganhar tudo, como demitir o treinador?

Muricy Ramalho, que estava no programa “Bem, Amigos”, acreditou em tudo, vibrava como novo treinador. Se preparou para o dia do grande evento ou acontecimento. Como nada acontecia, foi cobrar do Galvão Bueno. Este, que cumpria ordens, ficou contemporizando, que palavra, até que Muricy compreendeu que tudo era armação, e deu um telefonema ao mesmo tempo duro e amargo, se desligando de tudo.

Dunga, que viu e gravou o programa, alertado, foi rebuscar e não era nada difícil comprovar. De posse das informações, Dunga se concentrou em ganhar, tinha certeza de que “não se mexe em time que está ganhando”. No caso, não era no time e sim no treinador, mas o lugar-comum tinha toda razão de ser.

Ganhou a Copa das Confederações, venceu a Argentina em Rosario, (terra do Veron), o Uruguai também lá mesmo. Nas eliminatórias para a Copa, vinha mal, se recuperou, ficou classificado em primeiro lugar. Era a glória, e para um homem com a formação do Dunga, “que guarda ódio no freezer”, (royalties para Tancredo Neves), o futuro se desenhava maravilhosamente positivo.

A Organização Globo e a CBF continuavam esperando, acreditavam que ainda havia tempo para derrapagem. Só que o tempo-limite era a viagem para a África do Sul. Depois, como demitir um treinador em plena competição-maior, que é a Copa?

Antes da viagem veio a convocação dos 23 jogadores, a polêmica maior e inadiável. O país estava dividido, a CBF e a Organização, nem se fala. Antes dessa convocação, a grande pergunta: “E se Kaká se machucar?” Tinha sentido, vinha atuando pouco no Real Madri, um ano praticamente de inatividade.

Só que na hora de anunciar os nomes, a doença de Kaká passara de eventualidade para realidade. A pubalgia, chata, de cura lenta e dolorosa, não estava mais sozinha, surgiram dores nos músculos. Havia um clamor pela ida de Ronaldinho Gaúcho e Ganso, substitutos mais do que naturais.

Dunga não ligou para nada, levou 10 volantes, dos quais 8 dispensáveis, mas não fez concessões. Naquele momento, o treinador era absoluto e insubstituível. Dunga sabia disso e exerceu seu Poder, não apenas contra os jornalistas, mas principalmente atingindo e restringindo a força dos patrocinadores, que ao mesmo tempo fazem a fortuna da Globo e da CBF.

Ricardo Teixeira sabe que é poderoso mas ATINGÍVEL. Malandríssimo (escapou até da CPI que o indiciou), não queria ser visto por Dunga. A Organização, também poderosa, mas INATINGÍVEL, num gesto irresponsável, tentou derrubar Dunga, não conseguiu.

Estávamos em plena Copa, faltavam apenas 4 jogos, a seleção passara da primeira fase, só muita exigência dos patrocinadores levaria a Globo a esse haraquiri.

Antes da decisão definitiva, a Globo, entusiasta da pesquisa, fez uma interna. E como os resultados eram todos favoráveis a Dunga, levantou bandeira branca, anunciou oficial e ditatorialmente: “O episódio está encerrado, COMO SEMPRE TORCEREMOS PELA SELEÇÃO”. Era a confissão de que NÃO TORCIAM.

Depois desse “Adeus às Armas” da Globo, veio o primeiro jogo sem Kaká e Robinho. Como se previa, ou melhor, se sabia, não havia substitutos. Qualquer um que entrasse não passaria, como não passou, de remendo. A sorte: o adversário (?) dominado pela pretensão, a vaidade e a autoidolatria (leia-se, Cristiano Ronaldo), conseguiu um chatíssimo 0 a 0.