Motoristas e cobradores deflagraram greve à 0h desta terça-feira, 13; Segundo o chefe executivo do Centro de Operações do Rio, Pedro Junqueira, a quantidade de ônibus circulando na cidade tem aumentado aos poucos
13 de maio de 2014 | 11h 03
Thaise Constancio - O Estado de S.Paulo
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No início da manhã, apenas 10% da frota convencional circulava, e 20% do BRT fazia o trajeto Santa Cruz-Alvorada (na Barra da Tijuca). Por volta das 10h, havia 17% da frota convencional nas ruas e 40% dos veículos que compõem o BRT.
“A circulação de ônibus não depende apenas de a empresa demandar, mas também da sensação de segurança dos rodoviários por causa da violência”, disse Junqueira. “Com esse aumento gradual teremos uma volta para casa melhor do que foi (a inda para o trabalho) na manhã de hoje. Essa greve é diferente (daquela deflagrada na quinta-feira, 8) porque foi anunciada e a população pôde se preparar melhor. A situação é menos impactante do que na semana passada”.
Com o anúncio da greve, trens, barcas e metrô aumentaram a oferta de lugares para atender a demanda de passageiros. O plano de contingência e o reforço do policiamento devem ser mantidos até a meia noite de quinta-feira, 14, quando a greve deve terminar.
Apesar do reforço policiamento nas ruas da cidade, a quantidade de veículo depredados aumentou (de dez para 70) e quatro pessoas detidas por tentarem impedir que motoristas dissidentes trabalhassem. Na semana passada, 467 foram depredados e nove pessoas foram detidas.
“O número de depredações desta vez é menor pela presença da polícia nas ruas e pela mudança de comportamento dos grevistas”. Nessa segunda-feira, 12, a juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Andréia Florêncio Berto, determinou que os quatro integrantes da comissão de greve (Hélio Alfredo Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz Fernando Mariano) estão proibidos de “promover, participar, incitar greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato (Rio Ônibus)”.
“Os rodoviários podem voltar ao trabalho e há uma decisão da Justiça de que os lideres não possam fazer greve”, afirmou o presidente da Rio Ônibus, Lélis Teixeira.
Junqueira também garantiu que há equipes de fiscalização nas ruas. Na zona oeste, motoristas de transporte complementar cobravam R$ 10, R$ 7 a mais do que a tarifa normal.
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