POR IGOR MELLO
18/09/2014 19:33
Ao lado de aliados, Lindbergh tira “selfie” com eleitoras no Centro do Rio - Antonio Pinheiro / Divulgação
18/09/2014 19:33
Ao lado de aliados, Lindbergh tira “selfie” com eleitoras no Centro do Rio - Antonio Pinheiro / Divulgação
RIO - Estagnado nas pesquisas, a campanha de Lindbergh Farias (PT) se apegará a uma última esperança para tentar chegar ao segundo turno. A coordenação da campanha do senador acredita que as sucessivas quedas de Anthony Garotinho (PR), aliadas ao crescimento de sua rejeição, podem levar a um derretimento da candidatura do ex-governador, que antes era dado pelo próprio PT como figura certa no segundo turno.
Tentando combater o desânimo de seus militantes nas últimas duas semanas, Lindbergh voltou mais confiante de uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo. No encontro, segundo pessoas próximas ao candidato, Lula teria recomendado que Lindbergh mudasse de estratégia. A escolha de Garotinho como alvo preferencial faria parte dessa guinada, como assume o próprio petista, apesar de negar que seja por orientação de Lula.
— Foi uma reunião ótima, com o Lula é sempre bom. Falamos sobre a minha campanha, a campanha da Dilma. Vamos nesses 15 dias agora com gás total. Nas pesquisas que temos acesso, há coisa de 50% dos eleitores sem candidato nas pesquisas espontâneas, há uma grande indefinição. Teve, de fato, o que nos atrapalhou no início, uma onda de voto útil para derrotar o Garotinho e quem aproveitou o primeiro momento foi o Pezão. E nós achamos que nós podemos aproveitar uma segunda onda desse voto. Há uma rejeição muito grande à candidatura do Garotinho - afirmou.
Lindbergh realizou uma caminhada pelas ruas da Saara, no Centro do Rio. Acompanhado pela deputada federal Benedita da Silva, pelo ex-deputado estadual Robson leite — ambos do PT — e pelo deputado federal Brizola Neto (PDT), ele conversou com eleitores e pediu votos aos lojistas. O senador preferiu atacar a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), quando questionado sobre a ação aberta contra ele e mais seis aliados por conta da realização das caravanas da cidadania por diversas cidades do estado.
— Sinceramente, com o uso da máquina que está sendo feito pelo governo do estado, vir falar da caravana da cidadania? Pelo amor de Deus, é mais uma (ação) que a gente vai ganhar no tribunal. A gente respeita a posição da PRE, eles estão sendo muito rigorosos com todos os candidatos. Mas não é a minha candidatura que está distribuindo fralda geriátrica, cadastrando para o cheque-cidadão ou usando a máquina pública. Nossa caravana teve o objetivo de conhecer a realidade do estado — defendeu-se, sem perder a oportunidade de atacar Garotinho e Luiz Fernando Pezão.
Presente pela segunda vez em atos de campanha de Lindbergh, Brizola Neto voltou a criticar fortemente a forma como o ex-ministro Carlos Lupi, que concorre a uma vaga no Senado, dirige o partido. Segundo ele, o PDT “tem um dono”.
— O PDT não é democrático. Teve aquela decisão pessoal do Lupi sair candidato, mas acabou sendo bom, pois tirou o partido do Pezão, pelo menos oficialmente. A gente sabe que a maioria do partido hoje está com Pezão por fisiologismo.Eu estou do lado que sempre estive. Lupi colocou o partido em uma posição absurda, que é não ter nenhum candidato ao governo. E nós tínhamos quadros para isso, como a pré-candidatura do Sandro Mattos — disparou, lembrando da intenção do prefeito de São João de Meriti de disputar este pleito.
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