quinta-feira, 30 de maio de 2013

ALGUMAS (PRIMEIRAS)DÚVIDAS SOBRE O AEROMÓVEL

                                                                                                                Fotos: divulgação/PMCG
Rosinha foi a Porto Alegre no dia 14 deste mês conhecer o aeromóvel de lá



O aeromóvel (precisamos de um apelido para esse troço) que, segundo informações oficiais vai ter 11 km e 10 estações (entre as imediações do Aeroporto Bartholomeu Lysandro à entrada da Penha) está sendo apresentado como a solução para boa parte dos problemas de transporte urbano da cidade. De fato parece uma grande ideia. O custo é de R$ 400 milhões, sendo R$ 300 de empréstimo da Caixa Economica (a ser pago em 26 anos após carência de quatro anos) e outros R$ 100 de contrapartida da Prefeitura. As obras, incluindo as estações e pátios de manobras estariam prontas em quatro ou cinco anos.
Dai vem as minhas dúvidas de leigo curioso.
1) Os valores previstos serão suficientes para cobrir os gastos, inclusive as desapropriações das nove áreas que constam no decreto publicado ontem (aqui).
2) O trem vai transitar sobre a ciclovia sem nenhuma interferência no trânsito na 28 de março conforme já ouvi declarações de autoridades municipais. Mas o acesso às estações serão por apenas um lado da Avenida?
3) As estações serão construídas, parece óbvio, na altura dos trilhos, e o acesso de pessoas com necessidades especiais e idosos será por escadas rolantes?
4 ) A ciclovia é muito estreita para a largura dos trens que têm sido mostrados. Então só poderão transitar em um sentido de cada vez? Ou poderão passar um pelo outro de forma a que o espaço de tempo entre um trem e outro não seja tão grande? Afinal, são 11 km e 10 estações. Se o aeromóvel transitar num sentido de cada vez, até sair de Guarus até a Penha e voltar, qual o tempo que o passageiro vai precisar esperar entre um trem e outro? Pelo que li eles andam a 70 km por hora.
5) Quem vai operar o sistema, a própria prefeitura ou a iniciativa privada?
6) Se for privatizar, qual será o preço da passagem?
7) Se é um sistema revolucionário e que transporta cerca de 900 passageiros (o equivalente a 20 ônibus) de uma vez, a nova realidade vai afetar o atual processo de licitação das linhas de ônibus? Afinal, quando entrar em operação o aeromóvel vai tirar e circulação muitos ônibus. Ou não é este o objetivo?
8) E mais: cadê a planta , o projeto para debater com a sociedade?

Mais sobre o assunto aqui no Blog Caído em Campos
aqui no Blog do Bastos e aqui na Curva do Rio.

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