Do Estado de S.Paulo (aqui):
BRASÍLIA - O Ministério Justiça ofereceu neste domingo, 5, ao governo
do Maranhão vagas em presídios federais para receber presos do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que passa por uma onda de
barbárie generalizada, com dezenas de mortes por decapitações,
estrangulamentos. Foram 62 assassinatos do ano passado para cá - 2 em
2014.
Trata-se de uma tentativa de ajudar o governo estadual a restabelecer
a ordem dentro do maior complexo penitenciário do Estado. Caberá à
governadora Roseana Sarney (PMDB) decidir se aceitará ou não o auxílio
federal.
Caso a oferta seja aceita, Roseana deverá indicar os nomes dos presos
que serão transferidos. Depois, a Secretaria Nacional de Segurança
Pública fará uma pesquisa para verificar a disponibilidade de vagas e a
conveniência para receber esses presos entre os quatro presídios
federais, localizados em Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Catanduva (PR)
e Porto Velho (RO).
Após decidido o destino dos condenados, o Departamento Penitenciário
Nacional (Depen), com o apoio da Polícia Federal, se encarregam de fazer
as transferências. De acordo com informações do Ministério da Justiça,
advogados dos presos não podem se opor à mudança de endereço, sendo esta
uma decisão administrativa da governadora. Se forem para algum dos
presídios federais estarão sob regime de segurança máxima: ficarão em
celas isoladas, com direito a apenas uma hora de banho de sol por dia.
Ataques.
A crise no sistema carcerário no
Maranhão ganhou as ruas desde o fim da semana. Bandidos queimaram cinco
ônibus e atacaram duas delegacias. Eles jogaram gasolina e atearam fogo
nos coletivos enquanto os passageiros ainda estavam nos veículos. A
ação, na sexta-feira, deixou feridos graves. Entre as vítimas estão duas
crianças.
A ordem para os ataques partiu de bandidos do Complexo Penitenciário
de Pedrinhas. Essa nova onda de ataques seria uma reação ao fato de a
PM, com o apoio da Força Nacional de Segurança, ter assumido o controle
do Presídio de Pedrinhas. A medida foi uma reação do governo aos
assassinatos na cadeia. Na manhã deste domingo, 5, a Secretária de
Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) apresentou oito acusados de
planejar, coordenar e executar os ataques registrados neste final de
semana.
A governadora Roseana Sarney tem até esta segunda-feira, 6, para
prestar informações ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
sobre as providências tomadas para evitar novas mortes no Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
2 comentários:
Que cara de pau, hein?
Não sei se do Estadão, ou quem replica esta asneira sem questionar:
Em 2006 e agora, recentemente, em 2012, alguém aventou intervir em SP?
Pois é.
Daí para frente, é só ladeira abaixo.
Tem dor de cotovelo que é pior que o câncer.
Eu não imagino a melancolia que quem vive de memórias de uma "profissão" que perdeu qualquer sentido para a sociedade faz alguns anos.
Mas pelo título da chamada do texto, está claro que a nostalgia de quando editorias e editoriais manipulavam fatos e a opinião pública é grande.
Um "salve".
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