Garotinho nega sabotagem política contra pacificação
HUDSON CORRÊA
10/02/2014 20h27
- Atualizado em
10/02/2014 20h30
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) negou, nesta segunda-feira (10), sabotar politicamente o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas nas favelas cariocas. ÉPOCA publicou na edição desta semana uma reportagem sobre uma trama contra a pacificação, que incluiu produção de dossiês contra o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
"O que chamam de sabotagem são as denúncias documentadas que venho
fazendo há muito na tribuna da Câmara e publicadas no meu blog", afirmou
o deputado em sua página na internet. Segundo ele, "as denúncias sobre
os erros e falhas do projeto" não prejudicam a pacificação.
Os dossiês são produzidos num bunker ligado ao ex-delegado Álvaro Lins
dos Santos. Condenado a 28 anos de prisão por formação de quadrilha
armada, corrupção e lavagem de dinheiro, Lins foi chefe da Polícia
Civil, entre 2000 e 2006, no governo de Garotinho e de Rosinha Matheus
(PR-RJ). O deputado nega que o material venha do bunker situado no
centro do Rio, na rua Senador Dantas. "Gostaria de saber quem trabalha
nesse endereço e quem são os funcionários", afirmou Garotinho. Ele não
respondeu quais relações mantém atualmente com Lins. Por sua vez, o
ex-delegado disse que não produz dossiês.Ainda segundo Garotinho, o governo Sérgio Cabral (PMDB) é o responsável pelo fracasso da UPPs. "Primeiro os bandidos do Rio não são presos, como aconteceu na Colômbia e em outros países, pelo contrário recebem aviso prévio para se mudarem temporariamente para outros lugares. Segundo: não existe ocupação social, aliás, Cabral extinguiu todos os programas sociais criados por mim", disse Garotinho.
"A reportagem insinua que eu tenho ligações com traficantes e ignora que os maiores traficantes do Brasil, inclusive Fernandinho Beira-Mar, o maior de todos, foram presos por mim", afirmou Garotinho. ÉPOCA não fez essa insinuação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário