Brasília - Em meio à crise com integrantes da base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira, 13, mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios. A previsão é de que a posse dos novos ministros ocorra na próxima segunda-feira às 10h em cerimônia no Palácio do Planalto. Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação foram confirmadas as seguintes mudanças:
Dida Sampaio/Estadão
Presidente se encontra com Henrique Eduardo Alves (PMDB) durante evento nesta quinta-feira, 13
O assessor internacional do Sebrae, Vinícius Nobre Lages, assume a pasta do Turismo no lugar de Gastão Vieira (PMDB-MA).
O vice-presidente de governo da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, passa a ocupar a vaga do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O atual presidente da Petrobrás Biocombustível, Miguel Rossetto, assume o comando do Ministério de Desenvolvimento Agrário no lugar de Pepe Vargas (PT-RS).
O ex-reitor da Universidade de MG Clélio Campolina Diniz ocupará o Ministério de Ciência e Tecnologia na lugar de Marco Antônio Raupp.
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) assume o Ministério da Pesca no lugar de Marcelo Crivella (PRB).
Os ministros que desembarcam da Esplanada ficam livres para iniciar pré-campanha para disputar as próximas eleições de outubro. A dança das cadeiras anunciada pela presidente Dilma ocorre num momento em que integrantes da base aliada no Congresso se queixam de falta de espaços no governo e de atrasos na liberação de emendas para tentarem atender aos pleitos das bases eleitorais nos Estados.
Com a divulgação dos novos ministros, Dilma tenta desarmar o espírito beligerante de parte dos aliados. Avisados de que seriam atendidos na reforma ministerial, o PP e mais recentemente o PROS anunciaram que não farão parte do "blocão" da Câmara, composto por partidos descontentes com o Palácio do Planalto.
O grupo, capitaneado pelo líder do PMDB da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), impôs nos dois últimos dias uma série de derrotas ao governo com a aprovação de propostas que desagradam Dilma, como os convites e convocações a 10 ministros e à presidente da Petrobrás, Graça Foster, para prestar esclarecimentos no Congresso. Detentores da indicação para Agricultura e Turismo, os deputados do PMDB alegam que não foram ouvidos por Dilma.
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