Da Revista Época on line (aqui):
Os congressistas brasileiros mais populares na internet
Uma análise dos sites e redes sociais revela os parlamentares mais influentes no mundo digital
FELIPE GERMANO (TEXTO) E MARCO VERGOTTI (GRÁFICO)
13/03/2014 07h01
- Atualizado em
13/03/2014 08h47
Os congressistas brasileiros descobriram a internet.
Entenderam que as redes sociais e os sites são fundamentais para se
comunicar com seus eleitores. Mas ainda não se dedicam com afinco a
atender os leitores pelos canais digitais. Essa é a principal conclusão
de um levantamento feito pela Medialogue, agência digital de pesquisa em
mídia. Eles avaliaram como os 513 deputados federais e 81 senadores
usaram redes como Facebook e Twitter e seus próprios sites, entre agosto e outubro de 2013. Depois, compararam com o levantamento anterior, de 2011.
A primeira conclusão do estudo é que há um aumento no uso da internet
pelos políticos. De certa forma, os congressistas foram aonde o povo
está. A soma dos internautas que acompanham parlamentares no Twitter e
no Facebook passou de 3,2 milhões para 9 milhões. É mais gente que o
eleitorado da cidade de São Paulo.
“O Facebook se consolidou como ferramenta preferida pelos políticos. Se
há um local onde o debate ocorrerá, é lá”, diz Alexandre Secco, diretor
da Medialogue e coordenador da pesquisa.Apesar da crescente adesão dos congressistas às ferramentas digitais, seu uso ainda deixa a desejar. O estudo avaliou a diversidade de meios usados, a interação com os leitores, a transparência e a audiência dos políticos. Isso tudo gerou uma nota de 0 a 10, que avalia a influência desses políticos na internet. Por esse indicador, o desempenho do Congresso caiu. Em 2011, a nota máxima foi 8. Em 2013, foi 7. A média geral também caiu de 4 para 3. O deputado carioca Romário (PSB) se destaca quando o quesito é popularidade. Ele é líder de seguidores no Twitter e no Facebook, com um total de 1.102.641 internautas, mas não conseguiu a nota máxima da edição. O deputado baiano Jean Wyllys (PSOL), com 356.892, atingiu a nota 7. Ele responde aos e-mails e coloca no Twitter opiniões sobre as causas gays, sua principal bandeira política. Também expõe seus projetos de lei nas redes sociais e é aberto aos comentários dos participantes. Como as redes e as eleições se relacionarão no futuro é uma pergunta ainda sem resposta. “A internet é um meio relativamente novo na política, um uso experimental, mas crescerá nos próximos anos”, diz o cientista político Valeriano Costa, da Universidade de Campinas.
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