12 de março de 2014 · 17:41
CIDADES E REGIÃO - paralisação
Em assembleia, docentes da Uenf decretam greve por tempo indeterminado
Gerson Gonçalo
Mais de 120 educadores aprovaram por unanimidade o início das paralisações
O encontro aconteceu na Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Aduenf) e contou com as presenças dos profissionais da educação e alunos da instituição.
Os docentes ratificaram a pauta de reivindicação que já foi encaminhada para o governo do Rio de Janeiro de 2013 que possui dois pontos básicos: reposição de 86,7% das perdas salariais relativas ao período entre 1999 e 2013 e pagamento de 65% pelo regime de Dedicação Exclusiva.
“Nós não podemos ter outra fonte de renda a não ser a da Uenf. É por isso que queremos esse adicional, já que outras instituições, como a Uerj [Universidade do Estado do Rio de Janeiro], que trabalha com esse regime também tem”, disse o professor doutor e pesquisador do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf, Marcos Pedlowski .
Ele ainda frisou que o movimento dos educadores passou os últimos três anos tentando negociar com o governo Cabral, sem que houvesse qualquer avanço nas negociações. “Assim, o entendimento dos professores presentes na assembleia é que foi esse descaso com a Uenf e seus servidores por parte de Sérgio Cabral que causou a deflagração de mais este movimento grevista”, declarou Pedlowski.
Na oportunidade, os professores técnicos de nível superior anunciaram uma assembleia a ser realizada nesta quinta-feira, às 14h. A partir do encontro, os profissionais irão decidir ou não pela ratificação da greve por tempo indeterminado.
“Nós temos que acompanhar sempre os reajustes dos professores, que tem de ser igual para todos. O que nós pedimos é um reajuste salarial que atende a todos os profissionais”, informou o presidente da Associação dos Técnicos de Nível Superior (ATNS) da Uenf, Paulo Roberto Moreira.
Para a aluna do 7° período de engenharia metálica de materiais, Larissa Simão, 23 anos, a greve é justa e aceita pelos estudantes. “Nós alunos acreditamos que eles [professores] merecem um salário mais digno. São todos doutores que ficam na universidade praticamente o dia inteiro e merecem mais respeito”, enfatizou a jovem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário