O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso hoje numa operação da Polícia Federal (matéria abaixo) com cerca de R$ 1 milhão em casa, já foi gerente-geral da Bacia de Campos no final dos anos 80 e início dos anos 90. Como repórter da TV Norte Fluminense na época, me lembro de que o entrevistei várias vezes na sede da empresa em Macaé e em viagens às plataformas.
Foto: FolhaPress publicada em Veja on line
Do G1 (aqui):
20/03/2014 12h49
- Atualizado em
20/03/2014 16h28
PF prende ex-diretor da Petrobras em operação contra lavagem de dinheiro
Paulo Roberto Costa atuava na direção de Refino e Abastecimento.
Operação Lava Jato, da PF, foi deflagrada na segunda-feira (17).
A Polícia Federal informou que prendeu nesta quinta-feira (20) o
ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A
PF informou ainda que o mandado de prisão é temporário, por cinco dias.
A prisão de Costa, de acordo com a polícia, faz parte da Operação Lava
Jato, deflagrada pela PF na última segunda-feira (17).
A Polícia Federal disse ainda que Paulo Roberto Costa foi preso no Rio
de Janeiro por destruição de provas. Os policiais federais apreenderam
R$ 700 mil e US$ 200 mil na casa de Costa.
Na última segunda, informou a PF, o ex-dirigente da estatal do petróleo
já havia sido ouvido na superintendência da corporação no Rio. Na
ocasião, ele foi conduzido pelos agentes federais para falar sobre sua
suposta ligação com o doleiro Alberto Youssef, que foi preso em São Luís
(MA) e também é suspeito de comandar a quadrilha acusada de lavagem de
dinheiro.
Após prestar o depoimento na segunda, Paulo Costa foi liberado. Nesta
quinta, entretanto, a Justiça decretou a prisão temporária do ex-diretor
da Petrobras. Em nota, a PF informou que ele foi preso por "tentativa
de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova
nas investigações da Operação Lava Jato".
O ex-diretor também é investigado pela compra pela Petrobras de uma
refinaria de petróleo de Pasadena, no Texas (EUA), segundo o Ministério
Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. Após uma disputa judicial com
um sócio belga, a estatal brasileira foi obrigada a adquirir a
totalidade da planta norte-americana por US$ 1,18 bilhão, valor
considerado superestimado no mercado.
O negócio é alvo de investigações da PF, do MPF e do Tribunal de Contas
da União. A Procuradoria alegou que o suposto envolvimento de Costa no
caso está sob sigilo e não deu detalhes.
A operação Lava Jato da PF mira grupos de lavagem de dinheiro. Na
segunda, foram presos 24 suspeitos de envolvimento no crime de lavagem. A
polícia atuou em 17 cidades do Paraná, em São Paulo, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso e no Distrito Federal. O
esquema criminoso, segundo a polícia, movimentou R$ 10 bilhões.
Conforme a PF, as investigações da Operação Lava Jato - que correm em
segredo de Justiça - eram realizadas desde 2013, e o montante bilionário
foi arrecadado em três anos. O suspeito de chefiar a quadrilha foi
preso no Distrito Federal. O doleiro Alberto Youssef, que mora em
Londrina, no norte do Paraná, foi preso em São Luís e também é suspeito
de comandar a quadrilha.
A quadrilha envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no
Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos
de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes,
segundo a PF.
Leia abaixo nota da PF sobre a prisão:
NOTA A IMPRENSA
Brasília/DF - A Polícia Federal confirma que cumpriu mandado de prisão temporária de Paulo Roberto da Costa, hoje, 20/3, na cidade do Rio de Janeiro. A prisão decorreu da tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova nas investigações da Operação Lava Jato, uma vez que ele foi conduzido coercitivamente na segunda-feira, 17/3, para prestar informações sobre possível ligação com um dos líderes da organização criminosa investigada pela PF.
Brasília/DF - A Polícia Federal confirma que cumpriu mandado de prisão temporária de Paulo Roberto da Costa, hoje, 20/3, na cidade do Rio de Janeiro. A prisão decorreu da tentativa de destruição e inutilização de documentos que poderiam servir de prova nas investigações da Operação Lava Jato, uma vez que ele foi conduzido coercitivamente na segunda-feira, 17/3, para prestar informações sobre possível ligação com um dos líderes da organização criminosa investigada pela PF.
Foram cumpridos também seis mandados de busca e apreensão em
residências e endereços do preso, localizados na Barra da Tijuca e Zona
Sul do Rio de Janeiro.
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