O clima na bancada do governo na
Câmara Municipal de Campos está de mal a pior. Não bastasse a ciumeira dos
vereadores-candidatos por causa do gritante apoio da máquina oficial à
dobradinha Clarissa/Dauaire, os dois principais personagens da tropa estão em
franca disputa.
A beligerância entre o líder do
governo, Paulo Hirano (PR), e o presidente da Casa, Edson Batista (PTB), antes
restrita aos fóruns internos do grupo governista, ganhou mais combustível com a
disputa pelo comando da Câmara pelos próximos dois anos. Hirano, que desistiu
de candidatar-se à Assembleia Legislativa de olho na cadeira de Batista não
quer saber de outra coisa, mas o atual ocupante quer porque quer um segundo
mandato.
Na última terça-feira, a prefeita Rosinha não foi à solenidade de promulgação da nova Lei Orgânica, e mandou
o secretário de Governo, Suledil Bernardino, representá-la. Foi a senha para que
Edson escolhesse Suledil para ler o discurso da prefeita, mas Paulo Hirano bateu
pé e disse que a própria Rosinha teria pedido para que ele o fizesse. A
conversa foi nos bastidores, mas quem ouviu o tom com que Hirano se dirigiu a
Batista não teve dúvida do tamanho da disputa.
— Liga você para ela [Rosinha] e
diz que eu não vou ler o discurso.
Não restou alternativa a não ser
dar a palavra ao líder do governo.
A eleição para a nova Mesa Diretora
da Câmara deve ser realizada logo depois do primeiro turno da eleição. Além de
prestígio pessoal, político e institucional, o cargo confere ao vencedor um orçamento anual de algo em torno de R$
27 milhões.
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