Foto: Ricardo André Vasconcelos - 18/02/2015
Do professor Renato César Siqueira, recebi e publico como contribuição à administração pública, mesmo que os gestores insistam em ignorar o que sobrou da sociedade civil independente. E por independente entende-se quem não depende dos cofres da viúva combalida:
Seria primarismo considerar mero acaso este arrancamento do poste do semáforo no entroncamento dos logradouros: Avenida Arthur Bernardes e Rua Raul Abbot Escobar (prolongamento da Rua Tenente Coronel Cardoso). Elementos estruturais, seja quais forem, não devem sofrer abalos dos condicionantes naturais previsíveis e que fazem parte dos insumos considerados nos cálculos para os dimensionamentos de quaisquer deles. A forma como se apresentam as rachaduras e as ausências de 3(três) dos 4(quatro) parafusos da base que estariam lá para evitar o ocorrido, ancorados no concreto estrutural, são elementos que merecem atenção. Os perfis das rachaduras, o nível da base e a espessura do concreto idem.
Infelizmente, é mas um episódio sórdido da suposta falta de seriedade com as obras públicas, que deveriam ter asseguradas as qualidade e segurança pela PCE (Projetos e Consultorias de Engenharia), que recebe, em média R$ 1,7 mi/mês para isso. Outros casos do questionável custo-benefício na contratação da PCE são:
1- Conjuntos habitacionais do Morar Feliz, nenhum deles possui área de lazer/verde ou comunitária, além do histórico de casas com rachaduras e incendiadas por pane na rede elétrica (Penha), bem como com problemas de abastecimento de água potável (Tapera).;
2- Obra do Cidade da Criança, sem estudo prévio de impacto de vizinhança e de mobilidade urbana e que violaram o patrimônio histórico;
3- Obras do Mercado Municipal de Campos, que já envolveu mais de R$ 20 milhões de reais, sem que sequer houvesse parecer prévio do COPPAM, ignorando o patrimônio histórico;
4- Obras de recapeamento asfáltico ou "tapa buracos", executadas contínuas vezes, permanecendo as ruas com vários deles (Av. 28 de Março/ Av. Alberto Lamego/Rua Saldanha Marinho);
5- Desenvolvimento do projeto que "enclausurou" o Mercado Municipal e "obrigou" a prefeitura buscar outra alternativa para o projeto do Mercado - sabe-se lá a qual custo - mas que manteve o conceito infeliz e foi classificado pelo INEPAC por "empachamento".
Enfim, é recomendável que seja apurado o que realmente houve para que Campos não seja tema de filme, ou de estória infantil, sujeito a ter estruturas derrubadas pelo sopro do lobo mau, como no clássico dos Três Porquinhos, visto agora no caso deste poste supostamente arrancado pelo vento, ter sido envolvida mais uma empresa mineira, a CONTRANSIN, realizando as obras emergenciais da sinalização vertical avariada!
Abç.,
Renato César Arêas Siqueira
Renato César Arêas Siqueira
arquiteto e urbanista
perito técnico
professor bolsista UENF
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