quarta-feira, 23 de abril de 2008

Nasce um candidato

A derrocada de Alexandre Mocaiber — independente de qualquer decisão do STJ — altera radicalmente o quadro eleitoral em Campos e já abriu brecha para uma nova candidatura à prefeitura. Já havia espaço para uma terceira via, mesmo quando as opções se resumiam a Arnaldo Vianna, Alexandre Mocaiber e o preposto de Garotinho.
Com Mocaiber fora do páreo, quem surgiu, com seu voluntarismo de ocasião, e vem consolidando seu nome como candidato a prefeito, é o presidente da Câmara Municipal, Marcos Bacellar. Ele é filiado ao PTdoB, partido que acaba de ser defesnestrado da administração municipal com a exoneração de seu presidente, Sivaldo Abílio.
Partidários da recém candidatura Bacellar sonham alto. Acreditam que uma avalanche de processos estaria para cair sobre a cabeça do deputado federal Arnaldo Vianna inviabilizando sua candidatura, e então, estaria estabelecido o confronto Bacellar contra o candidato de Garotinho. Nesse caso, partidários de Mocaiber e Arnaldo cerrariam fileiras com Bacellar.
Já se sabia que o Garotismo estaria no centro da próxima eleição, mas ninguém poderia imaginar que seria Marcos Bacellar o representante do antigarotismo na batalha de outubro. Resta saber se Garotinho vai disputar a eleição com prepostos (Nahim,Pudim e, em último caso, Rosinha), ou vem ele mesmo para a linha de frente defender o que sobrou de seu coronelato em decadência.
Enquanto isso, os petistas preguiçosos que poderiam estar construindo uma candidatura alternativa e com amplas possibilidades de crescer no espaço da indignação, continuam assistindo a tudo como se morassem em Marte. Tanto os petistas que eram aliados de Mocaiber quanto os que faziam oposição, estão de braços cruzados.
E vai crescendo a campanha pelo voto nulo.

8 comentários:

Anônimo disse...

União perfeita de corruptos: Mocaiber, Arnaldo e Bacellar. Assim fica fácil pra Garotinho bater...

Anônimo disse...

Para não anular o voto, prefiro votar no garotinho do q nesse BURROCELLAR!!!

Roberto Moraes disse...

Caro Ricardo André,

Quero contestar aquilo que você chamou de preguiça do PT de Campos. Na verdade, o que há é um imbróglio e uma disputa política (mais uma) e não preguiça, leniência ou coisa que o valha. A questão que tem para ser resolvida no PT de Campos, na sua essência é de natureza política e não voto. Aí está a primeira dificuldade, porque quem detém a maioria, não possui créditos, para se oferecer como opção eleitoral, por ter participado até a pouco, do governo afastado. Por outro lado, quem não tem a maioria só tem condições de se movimentar eleitoralmente a partir deste entendimento, sem o qual não conseguirá se articular apoiar e receber apoios na construção de uma alternativa.

Há no presente momento, um espaço claro no meio da crise que vive a política local para o novo, para a limpeza de métodos e costumes, e para a geração suprapartidária de uma alternativa calcada em seriedade e eficiência nos gastos públicos e numa governança transparente e democrática. A movimentação desta conjuntura tem sido muito dinâmica pelas idas e vindas do judiciário. Por isso, não se pode ter açodamento e muito menos vaidade na tentativa de construção desta alternativa.

A viabilização desta alternativa só ocorrerá, se ela não for calçada em nomes, até porque, as partes que ainda podem ter o interesse em dela participar, devem ter o direito de apresentar suas opções.

Abs,
Roberto Moraes

Ricardo André Vasconcelos disse...

Caro Roberto, apesar da minha desesperança, acredito que seria salutar o surgimento de uma candidatura comprometida com mudança de "verdade".
Garotinho, Armaldo, Bacellar e Mocaiber são a mesma coisa. Durante muito tempo o PT aqui em Campos representou essa mudança, mas só a minoria do partido.
Esse mesmo PT fez aliança com Arnaldo em troca de algumas secretarias e depois fez o mesmo com Mocaiber.
Será que eles não sabiam dos "vícios" do governo Mocaiber?
Hoje é dia 23 de abril, faltam menos de 90 dias para o prazo final do registro de candidaturas e se não se começar agora a articular uma opção decente, alternativas oportunistas como a de Bacellar começam a se materializar.
Pode ser açodamento meu, mas ficar entre o preposto de Gartinho(ou o próprio) e o sr. Marcos Bacellar é um dilema que Campos não merece.
abraço

Anônimo disse...

que tal sergio diniz?

felixmanhaes disse...

Meus caros analistas políticos Ricardo e Roberto. Me insiro neste debate, para dizer que continuamos ainda aqui na Terra, pensando da mesma forma em que nos posicionamos por ocasião das eleições internas dentro do PT, e que motivou adesões de nomes importantes. Hoje, estamos com a mesma maturidade abertos às alternativas democráticas, desde que façam bem a Campos e ao Partido. Se for aliança, ela tem que acontecer com o parceiro certo e com uma motivação nobre. Não dá para outra vez prestigiar companheiros ansiosos dentro do Partido, os mesmos que no passado fizeram aliança desastrosa com Arnaldo, em troca de Secretarias (lá também tiveram que sair de forma não muito cômoda da aliança). Agora esses mesmos companheiros ansiosos pressionaram Mackoul (que tinha cacique eleitoral), a fazer acordo com Mocaiber, De outra forma se for candidatura própria, tem que ser de um nome que saia da discussão interna de todas as tendências e nomes dentro do Partido. Para isso, trabalhei e estou contribuindo modestamente junto ao Fábio Siqueira, ao Luciano D'Angelo e o próprio Roberto Moraes para que isso esteja acontecendo, apesar de ser oposição. O que é mais importante, é que mais uma vez não recorramos a atalhos danosos ao Partido, só para atender aqueles mesmos ansiosos, em detrimento do retorno ao contato com os movimentos sociais, com propostas alternatias que envolvam resultados imediatos para conduzir uma cidade que é a sexta em recursos no País. Mas alguém poderá dizer - mais vocês são minoria. E daí? Eu já vi muita minoria coerente produzir mais resultados do que uma maioria que não tenha coerência. Mesmo assim,junto à Juventudo Petista, o Núcleo de Goytacazes e Fábio Siqueira, somos a maior bancada dentro do Partido (11 cadeiras).

Anônimo disse...

Caro Ricardo. O esquema Arnaldo/Mocaiber/Bacellar/Folha da Manhã/Tv Litoral, embora tenha forte inserção na área popular, não terá boa vida sem o orçamento dos royalties do petróleo para comprar cabos eleitoras. O esquema Garotinho/O Diário/Tv Record/Campos Difusora, tem forte inserção, mas só leva se conseguir unir uma chapa RH+Rosinha, na medida que a ex-governadora não tem grande desgaste e RH está se comportando como um líder neste momento de crise. A esquerda campista que cabe em uma kombi e é muito dividida embora tenha grandes nomes de classe média e intelectuais progressistas,entretanto, não atinge de forma alguma o povão. A população de um modo geral está atônita, e parte dela póde tranquilamente caminhar para o voto nulo. O jogo ainda não começõu de fato, mas é fundamental colocar que nossa cidade é ponta de lança de interêsses nacionais, estaduais, regionais e locais. Com um fundo público de 1 builhão de dólares não faltará financiador para as campanhas que tenham cheiro de vitória e retorno pecuniário a médio prazo.

Ricardo André Vasconcelos disse...

Meu caro Félix, minha intenção foi justamente dar uma "sacudida" no PT que tem muita gente boa e muita contribuição a dar.Agora quanto às alianças, é o que vicê mesmo diz, ou seja, tem que escolher muito bem porque os "ansiosos" já levaram o partido duas vezes para as armadilhas de Arnaldo e Mocaiber.