Diques clandestinos são crimes ambientais

Do Portal do Ministério Público RJ (www.mp.rj.gov.br) 04/12/2008
MP acompanha explosão de dique que aumentava enchentes em Campos
O titular da 2.ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Campos, Marcelo Lessa Bastos, acompanhou na tarde de hoje a destruição por explosão a dinamite do dique da Fazenda do Louro, na localidade de Ponta Grossa dos Fidalgos, naquele município do norte do Estado. O dique causava o afunilamento do Rio Ururaí, que desemboca na Lagoa Feia, de onde as águas são despejadas no mar por um sistema de canais. A existência de diques particulares, construídos irregularmente por fazendeiros e pequenas comunidades, é responsável por boa parte das enchentes que atingem Campos e que já deixaram milhares de desalojados e desabrigados. O Promotor Marcelo Lessa informou que existem outros diques na região, construídos clandestinamente. Ele comunicou a ocorrência de crimes ambientais às Promotorias Criminais de Campos para a adoção dos procedimentos cabíveis. A explosão do Dique do Louro foi promovida por uma empresa de engenharia contratada pelo Governo do Estado. Ponta Grossa foi uma das regiões do município mais castigadas pelas enchentes, justamente por causa da construção, por particulares, de diques para a irrigação da lavoura. Plantações estão sendo perdidas e o gado morre afogado