domingo, 27 de abril de 2014

ENTREVISTA DE JOÃO VICENTE REVELA MAIS PELO QUE DEIXOU DE DIZER DO QUE PELO QUE DISSE


João Vicente: revelações ainda estariam por vir
Em entrevista publicada na edição de hoje da Folha da Manhã (Página 3) e aqui na Folha on line, o ex-presidente da Fundação Municipal Trianon, João Vicente Alvarenga, voltou a fazer insinuações de existem irregularidades na gestão da Cultura em Campos, em especial na administração de Patrícia Cordeiro na presidência da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. Digo insinuações porque os dois fatos que fundamentariam as denúncias, continuam sem ser devidamente, na minha opinião, esclarecidos:

1- A montagem de um megaestúdio que teria sido construído "devido ao favorecimento de artistas e bandas prestigiadíssimas pela PMCG e pela FCJOL". Veja o trecho da entrevista:

Folha — Em seu desabafo você afirmou que o dinheiro da cultura “está sendo usado para fins públicos e também privados, como por exemplo, a montagem de um mega estúdio de gravação que custou altíssimas somas e que deverá ser usado pela oligarquia dominante da democracia goytacá, nas próximas eleições”. Afinal, que estúdio é esse? Quais são as ligações entre esse suposto negócio privado e o poder público?  

João Vicente — Em Campos, pelo menos, existem dois grandes estúdios. Um deles, o chamado megaestúdio, foi construído devido ao favorecimento de artistas e bandas prestigiadíssimas pela Prefeitura e pela FCJOL. Essas bandas têm um volume de contratações extraordinário que enriqueceria qualquer outra banda e artista. Mas os escolhidos foram estes que estão com muito dinheiro, permitindo até que se construísse esse estúdio com uma ajudinha a mais. Então há uma ligação muito forte, pode ser de parentesco, entre o público e o privado.

Opinião deste Blog: Faltou dizer onde fica esse estúdio, quem são os artistas "priviligiadíssimos", em que bandas tocam e que "ajudinha a mais" foi essa. Para ter substância uma denúncia tem que ter nomes. Existem provas de que o tal estúdio foi montado da forma como insinua?
 
2 - A história de que entre janeiro e maio de 2013 vários artistas foram contratados pela Fundação Trianon e não pela FCJOL e que "poderia me causar constrangimentos ilegais".
Veja o trecho:

Folha — Você também afirmou que, entre janeiro e maio de 2013, alguns shows teriam que ser contratados pela extinta Fundação Municipal Trianon e não pela FCJOL. Na sua opinião, isso pode caracterizar um ato ilícito. Por quê?  

João Vicente — Até então as duas Fundações tinham, de certo modo, objetivos e projetos diferenciados. Uma dessas diferenças era que as contratações de bandas e artistas para apresentações em festas populares em distritos e em inaugurações de obras da PMCG, essas contratações elas deveriam de ser feitas pela FCJOL. No entanto, algumas deveriam sair pela Fundação Trianon, completamente incompatível com o seu perfil e isso poderia me causar constrangimentos legais.

Opinião deste Blog: Faltou dizer: 
- quais artistas ou bandas foram contratados pela Fundação Trianon nesse período (janeiro a maio de 2013) e que não poderiam ser contratadas pela FCJOL? 
- Qual impedimento para contratá-los pela FCJOL? 
- Quem autorizou a contratação que segundo João "poderia me causar constrangimento"? 
- E, por fim, a prefeita tinha conhecimento disso?

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