Ururau (aqui):
22/05/2015 19:15:03 - Postado em 23/05/2015 00:35:07
Daniela Abreu
Depois de horas de protesto e negociação, Prefeitura e servidores da Educação de Campos chegaram a um acordo e a categoria votou, em decisão anunciada já às 22h, pelo fim da greve de ocupação e pelo retorno das aulas na segunda-feira (25/05), mas permanecerão em estado de greve até que as reivindicações sejam atendidas.
Ficou acordado que os servidores não sofrerão cortes nos pontos referentes aos dias parados. O governo também se comprometeu a contratar vigias patrimoniais para 30 unidades escolares; a apresentar a revisão do Plano de Cargos e Salários na próxima semana; a levar o calendário de reformas das escolas ao secretário de Obras, Infraestrutura, Urbanismo.
Outra reivindicação da categoria, que será avaliada pela prefeitura, é quanto à escolha do material didático ser feita pelos servidores. O reajuste anual de 36% ficou para ser avaliado em 10 de setembro como já havia sido anunciado anteriormente. O item que não foi discutido nesta ocasião se refere ao Plano de Saúde.
A MOBILIZAÇÃO
Em greve há cinco dias, professores municipais de Campos iniciaram o ato público, às 15h, desta sexta-feira (22/05), na Praça do Santíssimo Salvador, no Centro da cidade. Após o ato seguiram até a sede da prefeitura, o Centro Administrativo José Alves de Azevedo, inclusive com ocupação do pátio por cerca de 10 pessoas.
Em greve há cinco dias, professores municipais de Campos iniciaram o ato público, às 15h, desta sexta-feira (22/05), na Praça do Santíssimo Salvador, no Centro da cidade. Após o ato seguiram até a sede da prefeitura, o Centro Administrativo José Alves de Azevedo, inclusive com ocupação do pátio por cerca de 10 pessoas.
Os manifestantes exigiram a presença da prefeita Rosinha Garotinho afirmando que não queriam negociar com o secretário de Administração, Fábio Ribeiro e nem com o Secretário de Educação, Frederico Rangel.
Segundo informações da Guarda Civil Municipal, o grupo de manifestantes acampado entrou cedo na sede da prefeitura, dizendo que ia ao setor de Protocolo, e que quando os outros manifestantes chegaram, se dirigiram ao pátio e montaram a barraca de camping.
Os professores acampados estavam acompanhados da ex-vereadora e integrante do Sindicado Estadual dos Profissionais da Eduacação (Sepe), Odisséia Carvalho (PT).
Às 18h50, o comandante da Guarda Municipal, Wellington Levino conseguiu negociar com as integrantes da comissão que representa os professores e, que estavam acampadas, para que entrassem e negociassem com os secretários de Administração, Fábio Ribeiro, e de Educação, Frederico Rangel, e o vereador e líder do governo na Câmara Municipal, Mauro Silva (PTdoB), com quem dialogaram.
Quando as professoras entraram os guardas tentaram retirar as barracas que estavam no pátio, uma armada e outra desarmada. Com isso, manifestantes que estavam do lado de fora da prefeitura forçaram a entrada para impedir a retirada das barracas e uma grade foi quebrada. Houve empurra-empurra e algumas pessoas chegaram a cair, inclusive uma repórter do Site Ururau que estava apurando a matéria caiu e sofreu escoriações.
Um homem, identificado por participar de outros atos políticos, foi imobilizado pela Guarda Civil Municipal, suspeito de ter danificado a grade. Os manifestantes negaram que ele fizesse parte do movimento. A Guarda precisou usar gás de pimenta para dispersar a multidão no momento da confusão.
Às 19h30, os vereadores Fred Machado (SD), Rafael Diniz (PPS) e Marcão (PT) chegaram à sede da prefeitura, para tentar participar da reunião entre os professores e o secretário de Administração, mas não puderam entrar, pois segundo informações de dentro da prefeitura, o expediente havia terminado.
No primeiro momento a comisão de representantes dos educadores, vereadores de oposição deixaram a sede sem qualquer negociação, entretanto, às 20h a comissão foi chamada novamente e se reuniu com representantes do Poder Público para uma nova tentativa de acordo.
PROPOSTA DA PREFEITURA
Os secretários destacaram que os salários da categoria variam de R$ 2.300 a R$ 5.200, enquanto o piso nacional para 40 horas é de apenas R$ 1.917. Os professores da Prefeitura de Campos têm direito a R$ 200 de Vale Alimentação, regência de turma que pode variar de R$ 170 a R$ 360, dependendo do tempo de serviço, além do RET (Regime Especial de Trabalho) no valor de R$ 1.500.
Os secretários destacaram que os salários da categoria variam de R$ 2.300 a R$ 5.200, enquanto o piso nacional para 40 horas é de apenas R$ 1.917. Os professores da Prefeitura de Campos têm direito a R$ 200 de Vale Alimentação, regência de turma que pode variar de R$ 170 a R$ 360, dependendo do tempo de serviço, além do RET (Regime Especial de Trabalho) no valor de R$ 1.500.
Fábio falou ainda sobre a proposta da Prefeitura de aumentar em 100% a regência. “Além de ser boa para os professores, atende a uma estratégia importante da Prefeitura para cuidar das nossas crianças, já que atualmente apenas 53% dos professores estão em sala de aula”.
PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
No último dia 19, o secretário de administração, Fábio Ribeiro e o secretário de Educação, Frederico Rangel, se reuniram com representantes do Sepe e do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos (Siprosep) de Campos, onde se comprometeram em atender alguns compromissos que correspondem às reivindicações da categoria, como 100% de gratificação de regência com tolerância de três dias de falta justificada, revisão do Plano de Cargos e Salários, plano de saúde com Caixa de Assistência, uso do Cartão Educação para substituir o Rio Card, entre outras conquistas, a partir do compromisso de que os profissionais retornassem às funções nesta quinta-feira (21/05) e garantissem a reposição das aulas, mas a categoria não aceitou.
No último dia 19, o secretário de administração, Fábio Ribeiro e o secretário de Educação, Frederico Rangel, se reuniram com representantes do Sepe e do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos (Siprosep) de Campos, onde se comprometeram em atender alguns compromissos que correspondem às reivindicações da categoria, como 100% de gratificação de regência com tolerância de três dias de falta justificada, revisão do Plano de Cargos e Salários, plano de saúde com Caixa de Assistência, uso do Cartão Educação para substituir o Rio Card, entre outras conquistas, a partir do compromisso de que os profissionais retornassem às funções nesta quinta-feira (21/05) e garantissem a reposição das aulas, mas a categoria não aceitou.
O Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep), é contrário a greve. Segundo o presidente, Sérgio Almeida, o movimento tem cunho político. "Nós não temos o porquê aderir a essa paralisação, pois nossa proposta está sendo atendida com o Plano de Cargos e Salários, Fundo de Assistência e Saúde, auxílio social aos aposentados e pensionistas, entre outros benefícios", exemplificou o presidente.
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